Aetiology and clinical presentation of pneumonia in hospitalized and outpatient children in Northeast Brazil and risk factors for severity.

Data on presentation, aetiology, and prognostic indicators of childhood pneumonia, which can help design strategies for controlling the disease, are generally scarce in developing countries. In this paper, the distribution of aetiologic agents, clinical presentation, and evolution of pneumonia cases are described, and the factors associated with duration of pneumonia episode and of hospital admission examined. During June 1994-June 1995, 472 children, aged 6-59 months, with clinical diagnosis of pneumonia, who were admitted to hospital or treated as outpatients, were investigated in Recife, Northeast Brazil. Pneumonia, in most cases, was confirmed by radiology. A combination of methods was used for investigating the aetiology of pneumonia. Data obtained on a large number of clinical, socioeconomic and biological variables were analyzed to determine the prognostic factors for the severity and outcome of pneumonia. Bacteria were identified in 26.7% of the cases, while viruses and mixed infections accounted for 8.4% and 2.7% respectively. Haemophilus influenzae (18.9%), Streptococcus pneumoniae (6.4%), and respiratory syncytial virus (5.0%) were most often identified. The pneumonia case-fatality rate was 0.8%. The best clinical predictors of severity were: lung complications at baseline, tachypnoea (for duration of episode), and chest indrawing (for duration of hospital admission). Young age, low birth-weight, and prolonged fever prior to admission to the study also predicted a more prolonged illness, and under-nutrition was a predictor of longer hospital stay. While the development of new vaccines is an important measure for reducing morbidity and mortality due to pneumonia, emphasis on appropriate case management needs to be maintained, with particular attention to children who show the identified risk factors for a poor prognosis.

Out-patient drug treatment of pneumonia among children under two years of age in Fortaleza, Brazil

Estudou-se a aderência ao tratamento de pneumonia em crianças, em serviço ambulatorial de hospital pediátrico em Fortaleza, Brazil. Foram investigadas 171 crianças com diagnóstico de pneumonia. Através de questionário foram coletadas informaçöes referentes à prescriçäo médica e estimada a aderência ao tratamento de 149 crianças. Os antimicrobianos mais comumente prescritos foram penicilina procaína (33 por cento), penicilina benzatina (31 por cento), ampicilina ou amoxacilina (12 por cento) e cotrimoxazol (8 por cento). Embora tenha sido freqüente a associaçäo de antimicrobianos com outros medicamentos, tratamento exclusivo com penicilina procaína foi prescrito para 31 crianças. A aderência ao uso de antimicrobianos foi de 52 por cento, tendo sido mais elevada para os pacientes tratados exclusivamente com medicaçäo injetável. As prescriçöes médicas combinaram, muitas vezes, diferentes antimicrobianos durante o mesmo tratamento. A análise das diferentes associaçöes antimicrobianas revelou que apenas 81 (54 por cento) crianças receberam tratamento apropriado, por período de cinco ou mais dias. Concluiu-se que a identificaçäo de antimicrobianos que possam resultar na maior aderência ao tratamento permanece como um dos principais desafios no manejo ambulatorial das pneumonias nas crianças. Outros medicamentos incluíram os analgésicos e broncodilatadores.

Attendance at day care centers increases the risk of childhood pneumonia among the urban poor in Fortaleza, Brazil

Estudou-se o risco de pneumonia nas crianças menores de dois anos na regiäo metropolitana de Fortaleza entre junho/89 e maio/90. Foram investigadas as práticas relacionadas aos cuidados da criança como possíveis fatores de risco de penumonia. Fatores maternos, ambientais e sócio-econômicos foram também estudados devido a sua possível relaçäo com as práticas no cuidado da criança. Foi utilizada metodologia de caso-controle, sendo caso as crianças com diagnóstico clínico e radiológico de pneumonia, e controles aquelas crianças com diferença de idade inferior a dois meses que näo apresentassem sintomas de infecçäo respiratória, e que residissem na vizinhança do caso selecionado. Razäo de "odds" (RO) foi utilizada para estimar os riscos relativos, através de regressäo logística condicional. Os principais fatores de risco encontrados foram a frequência a creche (RO=5,2), trabalho da mäe (RO=1,6) e presença dos avós no domicílio (RO=1,4). A idade da mäe, o número de gestaçöes e a aglomeraçäo também estiveram associados com pneumonia.